O marketing digital precisa evoluir junto com os hábitos da população. Acontece que, a cada ano, surgem novos modismos. Formatos que já foram inovadores acabam atualizados, substituídos ou mesmo abandonados pelo público. Nesse contexto, não é de se admirar que os profissionais da área vivam reciclando ou (re)inventando linguagens para atingir resultados melhores.

A companhia de software Hubspot, nome forte do Inbound Marketing, listou recentemente algumas tendências que estão com os dias contados. O bom dessa história é que há meios de reverter o quadro e adiantar-se às novidades. Confira as principais lições da empresa.

Chega de e-books longos demais

Não é que esse tipo de conteúdo esteja morto. Pelo contrário: o e-book continua sendo adequado para fornecer informações aprofundadas sobre um tema de interesse dos leads. Além disso, ao cadastrar-se para fazer download, a pessoa fornece dados importantes para a composição de buyer personas.

A questão que se coloca é o crescente uso de dispositivos móveis para navegar na web. Muita gente já trocou o desktop pelo smartphone. Na telinha pequena, fica difícil percorrer as páginas de um arquivo PDF.

A Hubspot sugere investir em outras possibilidades, como landing pages interativas, vídeos, animações, pesquisas e jogos tipo quiz. As fronteiras entre informação e entretenimento estão cada vez mais tênues.

Qualidade é melhor que quantidade

A internet está saturada de conteúdo. Quando tem um problema, o sujeito pode facilmente encontrar a solução num blog qualquer.

Obviamente, empresas com mais volume de posts tendem a conquistar credibilidade e tornarem-se referência no ramo. Só que, de tanto que se insistiu nessa estratégia, muitos segmentos de mercado já foram dominados por grandes nomes.

A solução para nadar entre os peixes grandes está na qualidade do que se oferece. Cada postagem deve servir a um propósito. Mais que segmentação, o que se espera é a especialização, a capacidade de oferecer o melhor para os leads.

Automatizar para personalizar

Disparar e-mails genéricos não funciona mais. As mensagens precisam ser personalizadas para cada target. Nesse ponto, as ferramentas digitais auxiliam bastante. Dá para coletar dados demográficos e perceber o nível de engajamento de cada público – seja pelas curtidas no Facebook, seja pelo histórico de compras do consumidor.

No entanto, a Hubspot recomenda que as ferramentas de automação sejam utilizadas, prioritariamente, nas demandas internas da companhia. Para atividades de marketing externo, aconselha-se parcimônia. É aquela velha história de que máquinas, sozinhas, não fazem muita coisa. Por trás de softwares e estatísticas, há uma equipe de humanos. Os robôs ainda não são tão bons em interpretar dados e usá-los com criatividade.

Campanhas no Facebook estão mais caras

O alcance orgânico dos posts do Facebook atingiu o ponto mais baixo da história. De acordo com pesquisadores, entre 2% e 6% dos fãs de uma página visualizam as postagens. O restante é barrado pelo enigmático algoritmo da plataforma.

Essa rede social permanece como a mais popular do mundo. E a ferramenta de anúncios fornece ótimas possibilidades de segmentação. Portanto, se o “face” entrar no seu plano de marketing – e provavelmente entrará –, uma parte do orçamento deve estar destinada a impulsionar as publicações. Eis o jeito de assegurar uma audiência mais ampla.

SEO vai além do texto

Os consumidores estão mais multimídia. Textos otimizados para as ferramentas de busca garantem um posicionamento eficiente no ranking. Contudo, estão perdendo terreno para vídeos, infográficos e formatos em áudio, como os podcasts. Arquivos desse tipo também devem conter metadados, o que os torna “legíveis” para os robôs do Google e facilita a indexação das páginas.