O celular ultrapassou o computador e, hoje, é o aparelho preferido dos brasileiros para acessar a internet. Cerca de 46 milhões de pessoas no nosso país utilizam a web exclusivamente pelo dispositivo móvel, sem contar as que navegam tanto pelo smartphone quanto pelo notebook ou desktop. Os dados são da pesquisa TIC Domicílios 2016, do Comitê Gestor da Internet (CGI.br).
Com essa transformação de comportamento, as estratégias de marketing digital precisam evoluir. Por exemplo, não dá mais para planejar uma campanha de links patrocinados sem considerar as especificidades do público mobile. A navegação numa telinha pequena tem limitações. Por isso, devem-se encontrar alternativas que evitem gargalos no funil de vendas.
Design responsivo para um site mobile friendly
A realidade brasileira segue uma tendência mundial. Desde 2015, o Google já tem anunciado que as pesquisas via celular estão mais expressivas. Por conta disso, a empresa modificou o algoritmo de sua ferramenta de busca. Agora, aparecem primeiro os sites otimizados para equipamentos móveis.
O design responsivo passou a ser um elemento crucial das landing pages. Basicamente, as páginas precisam ser legíveis na maior quantidade possível de gadgets. Isso permite que o usuário perscrute o conteúdo sem dar zoom nem rolar o texto várias vezes para baixo ou para os lados. Movimentos assim dificultam a navegabilidade e podem fazer alguém desistir no meio de um processo de compra.
A ideia é tornar o material tão leve quanto possível, para que tudo se carregue em poucos segundos. Outras características mais amigáveis à internet móvel são o uso de imagens estáticas e o abandono de softwares como o Flash. Isso porque alguns sistemas operacionais simplesmente não permitem a visualização de vídeos ou animações que necessitem esse programa.
Estratégias para tornar os anúncios mais visíveis
Até que o consumidor chegue na página de destino e se torne um lead qualificado, leva-se um bom caminho. Uma maneira de encurtar a trilha é melhorando a estratégia de links patrocinados. Essa medida é possível com um levantamento minucioso de palavras-chave para empregar nos anúncios.
Termos genéricos certamente renderão muitas buscas no Google. Porém, não servem para filtrar o público. Trabalhar campanhas online significa definir perfis mais específicos e focar nichos de mercado, numa estratégia de cauda longa.
Mesmo num segmento mais limitado, a concorrência ainda pode ser grande. Logo, é imprescindível garantir um conjunto eficiente de keywords, que se destaquem já nos primeiros resultados de posts pagos. Dificilmente os sujeitos rolam a tela para baixo e percebem os banners seguintes.
Inclua, ainda, algumas extensões aos anúncios. Aproveite que essas ferramentas são gratuitas e dê visibilidade a dados importantes, como o telefone para contato, o mapa com a rota até o estabelecimento ou, então, informações diferenciais, como aceitamos cartão de crédito e aberto aos domingos.
Geolocalização como diferencial competitivo
Uma última vantagem do meio digital é permitir o chamado geofence marketing. Por exemplo, imagine que você tenha uma loja de materiais esportivos e suplementos alimentares. Uma população interessada nesses produtos seria a dos frequentadores de academias, certo?
Pois é possível programar anúncios que apareçam apenas no perímetro desses estabelecimentos. Os programas criam cercas virtuais que atuam em localidades pré-determinadas. Os banners podem surgir em aplicativos populares, como os de mensagens e de redes sociais. Mais uma vez, cabe entender os gostos e os hábitos dos leads para identificar quais são os apps com mais chances de retorno.
Quaisquer que sejam os canais, o importante é não negligenciar o público mobile. A segmentação do conteúdo dá mais trabalho e exige pensamento estratégico. Ainda assim, trata-se de uma das melhores maneiras para alavancar os negócios.